Não, não estivemos presentes com nenhuma cena, nem ganhamos prêmio algum, mas fomos presenteados com belos trabalhos apresentados. Enquanto nosso diretor artístico Jiddu Saldanha cuidava da crítica dos trabalhos apresentados; eu tratava de iluminar e ajudar os iluminadores presentes. Considerando o teatro como a arte o encontro foi estimulante e enriquecedor estar presente em um encontro de tantos talentos em um clima tão generoso de companheirismo entre os artistas e a equipe do festival.
E pra falar em teatro destacamos como os melhores trabalhos "Que é isso Maria" do Ceará, o cativante e detalhista talento de Mariana Andrade em "Flicts"; o furor coletivo da Cia Ciclomáticos em "Minha Alma É Nada Depois essa História" e a maturidade de "Repulsa" de Niterói. Valeu a pena para o público e para os artistas presentes.
E foi bom ver em Cabo Frio o ator e diretor Marcelo Tosta, para mim uma das grandes referências da região de um profissional sério e comprometido com o fazer teatral. Com certeza está fazendo falta, assim como nosso querido Léo Cabral.
E falando em artista que faz falta, no último fim de semana fez dois anos da precoce morte de um grande e promissor talento - Eduardo Magalhães. Um artista que deixou um vazio imenso e difícil de ser preenchido. Nosso respeito e nossa saudade. Sempre é bom lembrar de quem foi tão intenso como ele. Para ele uma homenagem vinda do último texto de Shakespeare " A Tempestade"
"Nossos festins se encerram. Esses atores como lhes disse eram espíritos, e estão dissolvidos no ar, etéreos. Assim como a infundada trama dessa visão; Em torres que alcançaram as nuvens, os magníficos palácios, os templos solenes, até o próprio globo. Sim, tudo que se herda se desfará, e assim como esse frágil espetáculo que esmaeceu; Não deixará nem farrapos. Somos da matéria de que são feitos os sonhos e nossa pequena vida se completa no sonho".
Bruno Peixoto Cordeiro
Ator e Iluminador
0 observações:
Postar um comentário