A Trilogia - Jornadas pretende discutir a função social do trágico e do lúdico enquanto características formadoras do teatro ocidental, como eles sobrevivem, se inserem, se modernizam em uma sociedade fortemente globalizada, onde os valores regionais e específicos de cada cultura são diluídos e abafados a cada dia. Utiliza o teatro como instrumento consciente de reflexão e perpetuação de nossa cultura, tanto como brasileiros quanto como latino-americanos e seres humanos inseridos em um contexto social politizado.
Pautada na direção artística de Jiddu Saldanha, iniciou-se em 2008 com o espetáculo Jornada Shakespeare - Terror, Miséria e Paixão na Obra de William Shakespeare. O texto é uma organização de trechos de "Rei Lear", "A tragédia de Ricardo III", "Hamlet" e "A tempestade" feita por Jiddu Saldanha e Bruno Peixoto. Com forte carga dramática, a densa atmosfera urbana que serve de cenário, influencia e participa do desenvolvimento dos personagens que explicitam uma realidade e várias loucuras que não são denúncias.
Em 2009 percorrendo e investigando estéticas que se interligavam, a possibilidade de uma Trilogia de Jornadas do Grupo Bicho de Porco surgiu com Jornada de Paz Tempo de Guerra. A palavra poética é a coluna vertebral que sustenta o espetáculo. Convivendo com a o clima da guerra, o lirismo da poesia aflita, movimentações orgânicas e abstração ineretente a toda respiração é uma membrana que flui livremente pelas consciências do Teatro.
Para ainda este ano uma nova montagem acontecerá a partir do segundo semestre onde a mímica e o silêncio brotarão com força.
"Ator é o que age, atua em si mesmo, no outro, na matéria do mundo."
José Celso Martinez Corrêa
sábado, 7 de março de 2009
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